Olá, galera da blogosfera e fieis seguidores do barbarademedeiros.blogspot.com. É com muita satisfação que trago (ótimas) notícias para animar essa maravilhosa terça-feira de agosto: o Bárbara de Medeiros mudou-se definitivamente! Agora, é barbarademedeiros.com! Isso mesmo! Isso mesmo!
Apesar do tom jocoso - que não consegui omitir por pura felicidade - o blog definitivamente mudou de endereço. E isso não teria sido possível se não fosse o generoso patrocínio do meu querido papai, então obrigada Honório de Medeiros!
Espero vocês no novo blog!
Com amor,
Bárbara
terça-feira, 19 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Links!
(foto tirada no caminho para Pau dos Ferros, RN)
Separei alguns links legais pra vocês conferirem nesse final de semana.
(foto do WeHeartIt de um cãozinho muito fofo pra animar a sexta-feira de vocês)
Link #1: Os 10 Erros que Você vai Precisar Cometer - descobri esse blog recentemente e estou absolutamente apaixonada pelos textos da Isa. Amo todas as listas dela, mas essa é uma que me emocionou e me fez pensar bastante. Afinal, alguns erros a gente tem que cometer mesmo, né?Link #2: Ted Talks: Teach Teachers how to Create Magic - Palestra linda do Ted Talks! Quase que me fazia ser professora!
(fonte: weheartit)
Link #3: 7 Lies we Need to Stop Telling About Women who Wear Hijabs - Porque preconceito é a pior das mazelas.
Link #4: Coisas que eu Achava Quando era Criança - Conheci o blog da Paloma recentemente, mas estou apaixonada. Esse post foi um dos meus favoritos na semana passada, e a nostalgia bateu forte. Saudades da inocência infantil...
Link #5: Elas Piram no Undercut - Outro blog que conheci recentemente e já me apaixonei. Além do mais, esse post é muito bom, se é que vocês me entendem.
Link #6: What Makes Your Ears Ring - Sempre tive essa curiosidade...
(fonte: WeHeartIt)
Link #7: The Egg - A melhor teoria pós-morte que eu já vi. Me deixou naquele estado transcendental de desemportância/importância perante o universo por dias. Quando alguém criar uma religião tendo essa história como livro sagrado,eu me converto.
É isso! Espero que vocês gostem! Mais links em breve! ;)
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
O mal do mau humor
E não me venham com hipocrisias de mentes sonhadoras que querem mudar o mundo: erradicar a pobreza, acabar com a fome, salvar o meio ambiente. Vocês não conseguem salvar a si mesmos. Não sei quem são vocês, mas quem quer que sejam, me enoja compartilhar a mesma sala e os mesmos sonhos com pessoas que não compreendem quem se senta ao lado. Com pessoas que não respeitam e admiram o companheiro de escola. Com pessoas que almejam ser superior, mas só se isso representar a inferioridade de quem tem a mesma capacidade e condições. Eu vos desprezo. Porque vocês me enganaram. E na minha inocência, eu pensei que éramos irmãos. Pensei que, por sonharmos o mesmo sonho, lutaríamos as mesmas batalhas e juntos, venceríamos o inimigo em comum. Mas como estava enganado! Mal as armas foram entregues, é contra mim que você se vira, e eu me vejo encurralado contra a parede pelo monstro. Não o que previa, mas o que se fantasiou de amigo e conheceu todos os meus pontos fracos. E isso foi covardia. Mas tente explicar covardia para alguém que se considera valente. Tente mostrar os defeitos de alguém que se considera perfeito. Tente ajudar alguém que vestiu uma armadura e te machuca toda vez que você se aproxima para perguntar direções. A vítima da história sempre será eu.
E sou eu que termino o dia me perguntando o que fiz de errado, porque todos foram embora e não se importam mais. A verdade é: eles nunca se importaram. Mas por que perder tempo com alguém como eu? Da próxima vez, deixem-me sozinho, meu próprio melhor amigo. No final do dia, a única pessoa com quem posso contar é comigo mesmo. Sou eu quem defendo os meus dragões, sou eu quem reparo as minhas fortalezas e sou eu, afinal, que acreditarei no final feliz. Sou eu quem o viverei.
E sou eu que termino o dia me perguntando o que fiz de errado, porque todos foram embora e não se importam mais. A verdade é: eles nunca se importaram. Mas por que perder tempo com alguém como eu? Da próxima vez, deixem-me sozinho, meu próprio melhor amigo. No final do dia, a única pessoa com quem posso contar é comigo mesmo. Sou eu quem defendo os meus dragões, sou eu quem reparo as minhas fortalezas e sou eu, afinal, que acreditarei no final feliz. Sou eu quem o viverei.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Matilda, o musical
Alguns dias atrás, enquanto estava na casa da minha avó, decidi procurar por vídeos de musicais da Broadway no youtube. Sempre fui uma grande fã do gênero em geral, tanto em filmes e em teatro, mas nunca havia realmente procurado a fundo. Após alguns cliques e muita diversão, acabei encontrando este vídeo:
Como posso descrever o quão apaixonada fiquei? Eu sempre fui muito fã do filme da Matilda, era um dos meus preferidos quando eu era mais nova. E ver esse elenco tão novo e tão talentoso sempre me deixa arrepiada. Estou louca pra ir pra Nova York só pra assistir a esse espetáculo!
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Vamos falar sobre: feminismo
Paremos por um instante. Eu não estou aqui tentando defender o aborto em si. Pessoalmente, eu nunca abortaria. Mas prestem atenção no que eu escrevi: pessoalmente. Essa é a minha opinião. Nunca fui o tipo de pessoa de forçar minhas crenças nas outras, e sempre respeitei a fé alheia (e não me refiro aqui somente a religião). É por isso que eu apoio sim o direito das americanas de escolherem se querem ou não abortar. E quem está cortando essa possibilidade delas é uma bancada feita por homens velhos e conservadores. Desculpe-me, mas sem útero, sem opinião. Se é pra acabar com as clínicas de aborto, por que não fazer um plebiscito, perguntando o que as mulheres pensam disso?
O fato é: a gente precisa falar sobre o feminismo. E agora mesmo.
Mas por quê, você me pergunta. Por que falar sobre o feminismo? Quem precisa de feminismo? E não é que existe um Tumblr só com respostas para essa pergunta?
O whoneedsfeminism tem a proposta super legal de dar inúmeras respostas para essa pergunta esdrúxula com base em colaborações dos leitores. Veja algumas das minhas respostas favoritas abaixo:
Eu preciso de feminismo porque eu não deveria ter de evitar os avanços de um cara depois de eu ter repetidamente dito NÃO e depois ser rotulada de PUTA pelas minhas ações.
Abaixo, mais alguns motivos do por que é importante falarmos sobre feminismo:
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Chimamanda
Ngozi Adichie
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"Eu preciso de feminismo porque as pessoas ainda não entendem o que 'feminismo' significa." - improudofus.tumblr.com
Eu preciso de feminismo porque nós, adolescentes, ainda julgamos o nosso valor pela opinião dos meninos.
Não seja puta, não faça sexo. Mas seja sexy. Mas se você for sexy demais e você for estuprada, então isso é sua culpa porque você não deveria ter ouvido o que nós dissemos sobre ser sexy, mesmo que nós digamos que o seu valor é procedente do quão sexy você é. Se você chegar a uma posição de poder, nós presumiremos que você usou o seu sex appeal para chegar lá e não o seu cérebro e nós zombaremos de você mesmo que tenhamos te dito que a única coisa que importava era o seu sex appeal. Torne-se acessível para nós, mas puta merda pare de ser tão desesperada e grudenta. Não seja provocadora. Se nós quisermos fazer sexo com você, não nos "friendzone", mesmo que nós tenhamos acabado de te dizer para não fazer sexo.
- Provérbio patriarcal
Eu preciso de feminismo porque piadas sobre estupro não são engraçadas.
Eu preciso de feminismo porque nós mulheres ainda recebemos menos que homens pelo mesmo trabalho que eles.
Eu preciso de feminismo porque nós mulheres ainda somos vistas como a irmã, a mãe, a filha ou a mulher de alguém, e não como alguém.
Eu preciso de feminismo porque mulheres estão sendo estupradas e acusadas de darem motivos para isso. A culpa está sendo transferida para elas, seja pela forma que se vestiram, se comportaram ou por qualquer outro motivo. Estupro NUNCA é culpa da vítima, e sim do estuprador.
Eu preciso de feminismo porque esse ano uma menina de 16 anos foi assassinada nos Estados Unidos por ter dito "não" a proposta de um menino de levá-la ao baile de formatura. Ele a matou com facadas. Ela tinha a minha idade.
Eu preciso de feminismo porque quando somos crianças e algum menino nos belisca, morde e de maneira geral é chato com a gente escutamos que "Ah, ele deve gostar de você". Desde pequenas então aprendemos que a maneira que um homem tem de mostrar que gosta da gente é nos tratar mal. Depois, nos envolvemos com homens que nos abusam sexual, física ou mentalmente e a culpa é nossa. Não, a culpa é de quem criou essa história estapafúrdia de que homem quando gosta, maltrata.
Eu preciso de feminismo. Ponto final.
Agora o que é feminismo? Pergunto porque eu mesma passei muito tempo achando que feminismo era uma coisa completamente diferente do que realmente é. E depois de muito pesquisar e conversar com outras pessoas, descobri que não era a única.
Muita gente pensa que feminismo é um movimento em vingança do machismo, uma tentativa das mulheres de se colocarem acima dos homens, como eles se impuseram sobre nós durante tantos séculos. Mas deixe-me resgatar meu dicionário para melhor explicá-los e até mesmo prová-los que de vingança, o feminismo não tem nada.
Machismo: opinião ou procedimento discriminatórios que negam à mulher as mesmas condições sociais e direitos do homem.
Feminismo: movimento que luta pela igualdade de direitos da mulher, em relação aos do homem.
(Dicionário Caldas Aulete, 2007)
Já percebeu o erro de paradigma que você mantinha? Espero que sim.
Talvez você me pergunte por que eu resolvi escrever a definição mesmo, tirada do dicionário, de "feminismo". Vou logo responder: existe muito tiete nesse mundo. E se tem uma coisa que fãs conseguem ser é cegos quando se trata do seu objeto de idolatria. Então desculpem-me os apaixonados pela Shailene Woodley, mas sua ídola cometeu um erro grotesco e eu me sentiria enojada se não procurasse corrigir essa falha na educação de vocês.
Pra quem não está entendendo nada, explico: numa entrevista para a TIME, quando questionada se ela se considerava uma feminista, a senhorita Woodley respondeu: "Não, porque eu amo homens". Infelizmente, ela não é a única a confundir o conceito de feminismo com algo diferente do que verdadeiramente é. E é contra isso que quero lutar. Todos devem entender que nós feministas lutamos pela igualdade, pelo fim do preconceito de gênero. Como humanos, todos deveriam abraçar a causa.
#FicaADica
terça-feira, 27 de maio de 2014
Novidades!
Trago uma (ótima?) notícia para vocês, fiéis seguidores. Estarei expandindo o blog nos próximos meses! Deixe-me explicar: ao invés de deixar o barbarademedeiros relacionado apenas com minhas produções textuais, quero agora fundir o meu blog maniadecritica, que será excluído, a esse. Então preparem-se para as mais variadas postagens, desde críticas de filmes até postagens sobre estilo. E claro, muitos contos, muitas crônicas e muitos poemas. Porque eu não consigo parar de escrever.
2Beijos,
Bárbara de Medeiros
P.S.: Eu postarei algumas das minhas postagens preferidas do maniadecritica aqui, até para não perdê-las. Todas serão devidamente indicadas.
2Beijos,
Bárbara de Medeiros
P.S.: Eu postarei algumas das minhas postagens preferidas do maniadecritica aqui, até para não perdê-las. Todas serão devidamente indicadas.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Desabafo aleatório e plural
Preciso de um emprego.
Por todas as razões óbvias que ninguém nunca pensou em explicitar.
Preciso do papel que move o mundo:
dinheiro.
Só que não.
Não preciso dele.
Preciso de um trabalho remunerado que me traga desprazer.
Tristeza.
Cansaço.
Depressão.
Preciso de uma saúde precária para reclamar dos pulmões nas mesas de café
(já não tenho mais o que falar).
Preciso de um salário baixo,
pra poder querer algo que não posso ter.
Preciso de algo pra reclamar
o quanto antes
melhor!
Que tal agora?
A hora passa
e eu não sei sobre o que escrever.
Não tenho miséria
Não sou da favela
Tenho o que comer
Durmo sob um teto
Ganho abraços, beijos, um carinho materno
e um elogio sincero do meu pai.
As contas são pagas,
um sorriso de graça,
posso não ter o mundo,
mas o que tenho é seguro:
é meu,
pago com dinheiro limpo em notas sujas
e sei que de noite,
após a oração,
dormirei com a consciência tranquila
enquanto vocês, não.
- Aos mequetrefes públicos que reclamam de barriga cheia e consciência cumulus nimbus.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Eu quero silêncio.
Barulheira geral em sala de aula. Conversas paralelas, risadas, cantorias. Bolinhas de papel voam de cá pra lá e até mesmo um aviãozinho (daqueles que eu nunca consegui fazer) flutua lentamente pela sala até pousar na mesa da professora, para a alegria dos meninos sentados ao meu lado. Eu reviro os olhos e tento me concentrar no livro à minha frente, provavelmente o quarto ou quinto de Harry Potter.
Era o quinto ano. Meu gênio e minha obsessão por controle ainda estavam por ser controlados (se é que eu posso dizer que hoje estão) e, pra completar, eu era a líder de sala. Era minha responsabilidade mandar naqueles diabinhos que não conseguiam ficar calados entre a troca de professores - ou pelo menos, era assim que a minha versão de dez anos encarava o título.
A professora entra em sala, a aula de matemática já deveria ter começado a pelo menos quinze minutos, mas os aborrecentes do nono ano prenderam nossa mestra por tanto tempo que já havíamos perdido quinze minutos de aula, dos quais cinco com certeza aquela senhora baixinha havia perdido tentando chegar até a nossa sala com seus passinhos curtos. Era uma escola enorme, afinal.
Eu amava aquela sala. Passara os últimos três anos esperando pelo momento em que alcançaríamos o fim do corredor,e ainda podia me lembrar do percurso que fazia, dia após dia, a mão direita correndo pela parede, acompanhando com os olhos as aulas que se passavam nas salas que faltavam para eu chegar ali. E agora, aqui estava. Não fazia tanta diferença assim, na verdade. As paredes tinham a mesma coloração que todos os outros recintos da escola, a mesma pintura emoldurada do nosso fundador repousava acima do quadro branco, até a maçaneta da porta era de mesmo fraco metal (todos os anos quebrávamos pelo menos uma). Mas aos meus olhos, aquela sala era diferente de todas as outras. Ela representava a liberdade.
Algumas decisões importantes seriam tomadas até o final daquele ano, e mesmo estando na metade do primeiro trimestre, eu já sentia isso. A possibilidade de mudar de escola me excitava, e mesmo que não se concretizasse, um novo mundo se abriria pela minha frente. O sexto ano representava o fim do ensino fundamental II, e o fim do corredor. Literalmente, havia ali uma virada na minha vida.
Mas voltemos por um minuto à situação em que eu estava. A professora já chegara e minhas tentativas de silenciar uma sala de quarenta alunos de dez anos que falam gritando provaram-se absolutamente frívolas. Minhas faces à época morenas (acreditem ou não, mas eu amava ir à praia) encontravam-se coradas de tanto esforço, e o suor provavelmente já havia grudado os meus cachos rebeldes à minha nuca. Virando-se para ver a reação da educadora perante todo aquele tumulto, assustei-me com a serenidade que dominava seu semblante. Ela nem mesmo se movia, parada em pé diante da sala. Recostada à parede, esperava pacientemente pelo silêncio dos meus colegas.
Após alguns minutos, notou o meu olhar de desentendimento e deu um sorrisinho, mas voltou a olhar pra sala e aguardar pelo fim da bagunça.
Não demorou muito. Os risos pararam repentinamente, os olhares tornaram-se amedrontados, as bocas se fecharam com uma rapidez surpreendente. Eu, parada no meio da sala, olhava da professora para os meus colegas como quem questiona a existência de bruxaria em uma escola católica. A calmaria não substituiu a animação, mas sim a tensão, sua amiga íntima. Abobalhada, voltei para minha cadeira, e encarei a professora. A única diferença é que eu era provavelmente a única da sala que não estampava no rosto uma expressão de medo, e sim de confusão.
E bem naquele momento, como se despertada pelo silêncio, a professora deu sinal de vida. Descruzando os braços, um sorriso desdenhoso deu lugar à expressão sem vida e pronunciou as palavras que me acompanhariam por anos a fim, sempre me fazendo questionar o meu modo de liderança e minha forma de viver a vida em geral: "Quem quer silêncio, faz silêncio."
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Flores de plástico
Não quero mais ver flores de plástico em cima de um vaso em cima de uma mesa enquanto uma pessoa na qual eu deveria confiar me avisa que eu deveria ser mais autêntica. Com licença. Acho que esqueci de lavar os ouvidos. Você quer o quê, querida? Autenticidade? Pasmem. Ao menos o significado dessa palavra lhe é conhecido? Acredito que não.
Não me peça autenticidade, PELO AMOR DE DEUS. Não neste mundo, não nesta sociedade. Eu vou ignorar os seus conselhos e seus pedidos, vou descartá-los como se fossem lixo. Já descartei o meu verdadeiro "eu" há muito tempo, e não tenho mais como recuperar.
A verdade é que tenho medo. A verdade é que tenho absoluto pavor de ser eu mesma. Todas as vezes que tentei baixar as muralhas, tirar a máscara e despir-me da armadura, saí tão machucada da guerra que pensei que não poderia me recuperar, jamais. Então Deus me livre de ser autêntica.
Ou pelo menos, da próxima vez que você for aconselhar alguém, compre flores verdadeiras. Daquelas que precisam de água. Daquelas que não empoeiram. Daquelas que são descartáveis, sabe? Morrem e se degradam...
Assim como nós.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
CARTÓRIO
O cartório já fechou
As pessoas já foram embora
Ou você está dentro
Ou você está fora
Só não me atrapalhe o caminho
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