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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A SMOOTH SEA NEVER MADE A SKILLFULL SAILOR

      
       E com o vento batendo em seu rosto, ele respirou fundo o cheiro de água salgada que invadia seus pulmões e agradeceu a Deus a oportunidade de estar vivo. De estar ali. Era um marinheiro, para aquilo havia nascido, e ali se sentia em casa.
       Não se atreveu a expressar seus sentimentos aos companheiros. Sabia que eles gostavam do trabalho, mas no fim tudo o que queriam era voltar para suas casas e para suas famílias. Mas não havia casa nem família esperando-o quando terminassem esse trabalho. O mar era sua casa e sua família. Era tudo que ele realmente conhecia e admirava. Mulheres eram um território tenebroso, mas o mar, não. Ele o conhecia como a palma da sua mão.
        E mesmo naquele momento, em que o mar que ele tanto amava se revoltava contra ele, o marinheiro não conseguia se revoltar com o seu amor. Sabia que morreria, tinha certeza disso, mas não conseguia se importar. Se fosse para morrer, nada melhor do que morrer ali, nos braços de seu amor. Seu único, verdadeiro amor. O mar.

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